04 November 2011

Por uma luta coletiva e não antropocêntrica

 No centro, da esquerda para direita podemos ver Arno Kaiser (Movimento Roessler), Luiz Rampazzo (CEA), Fabio (Movimento Roessler), Geraldo Sussin (ALGA) e Guilherme Dornelles (AGAPAN), durante o XXIII EEEE, em Pelotas/RS, 2001. Foto: Antonio Soler/CEA
Por uma luta coletiva e não antropocêntrica 
Em tempos de 59ª Assembléia Geral Ordinária (AGO) da Assembléia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA/RS) disponibilizamos para baixar os Anais do XXII Encontro Estadual de Entidades Ecológicas do RS (EEEEE), que o ocorreu em Pelotas/RS, em 2001. O segundo EEEE organizado pelo CEA. O primeiro foi ainda no início da década de 80, em Rio Grande/RS, num Clube Náutico, a beira da Laguna dos Patos. Mas isso é outra história. 
Reunião com CABM em 2009
O EEEE de Pelotas teve como título chamamento “As Bases para o Paradigma Ecológico” e um dos poucos que dispõe de anais documentados e agora acessíveis em meio digital, uma vez que, na época, já haviam sido publicados e distribuídos gratuitamente. 
É bem verdade que em 2001, vivíamos um momento muito diferente do de hoje, no qual não havia inúmeros retrocessos ambientais e o MEG estava influenciado pela migração de vários militantes para espaços governamentais (estadual e municipais), cambio que, sem dúvida, deixou um débito político importante, o qual ainda não conseguimos pagar, mas também permitiu um claro fortalecimento organizacional do MEG, seja através do poder político emprestado por tal migração no sentido ONG/OG, seja pelos recursos públicos disponibilizados, ainda que ínfimos quando comparados com o apoio do governo para outros grupos da sociedade, inclusive para aqueles que degradam. 
Durante tal EEEE contamos com eventos cultuais paralelos, que também visavam chamar a atenção para integrar a luta ecológica na latino America, pois a degradação da natureza é igualmente feita assim. Por isso trouxemos, simbolicamente, pessoas de países vizinhos, como o músico uruguaio Daniel Viglietti, o qual promoveu a abertura do EEEE no Teatro Sete de Abril, com um show de musica comprometida com a transformação, como ele o é.
Ambientalistas Educadores em 2008
Mas de qualquer forma, assim como em 2011, oferecemos tal documento para semear com a primavera a construção de um paradigma ecológico, notadamente no sentido original da palavra, o qual não encontra lugar no conceito de Desenvolvimento Sustentável dominante. O Desenvolvimento, seja ele sustentável ou não, é um mito. 
Esperamos que a 59ª AGO da APEDEMA tenha resultados que fortaleçam a organização e articulação do MEG, pelo menos é isso que move o CEA, na condição de Coordenação da APEDEMA, a mesma que nos encontrávamos dez anos antes, em 2001, quando do XXII EEEEE, o qual realizou-se numa comunidade de pescadores, junto a Mata Atlântica do Totó, na zona rual, também a beira da Laguna dos Patos. 
Somente quando priorizarmos a luta coletiva e não antropocêntrica, teremos condições potenciais de superarmos a crise ecológica e suas inseparáveis conseqüências: a injustiça social e a destruição da natureza humana e não humana. Mas isso não é uma garantia, é uma possibilidade!
Os confirmados, com representação por todo o RS, fazem essa prioridade acontecer:
- Instituto Econsciência – POA; 
- ONG Solidariedade – POA; 
- UPAN – São Leopoldo; 
- Os Verdes/RS – Tapes; 
- ASPAN – São Borja; 
- AIPAN – Ijui; 
- Mira Serra – Guaíba; 
- AGAPAN – POA; 
- Balaena Australis – Santa Vitoria do Palmar; 
- Guardiões da Vida- Passo Fundo; 
- ANAMA – Maquiné; 
- GESP – Passo Fundo; 
- NAT – POA; 
- Instituto Biofilia – POA; 
- CEA – Pelotas/Rio Grande.
Fonte: REDE Os Verdes/via e-mail

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